22 de maio de 2003

MAIS TRABALHO MENOS CONVERSA

A propósito do meu post sobre uma atitude profissionalismo e competência no cinema, recebi do leitor do blog Jorge Candeias, ro seguinte contributo:

"A resposta à pergunta "Para quando uma geração que faça as coisas com talento e profissionalismo?" é, julgo, a mesma de outra pergunta: "Para quando uma geração que em vez de se queixar, faça?"

Isto não é uma crítica à pergunta em si mesma, que considero inteiramente legítima e acertada. De facto, falta muito talento e profissionalismo nesta terra, e a todos os níveis, especialmente aos mais elevados. É, antes, um sintoma do meu cansaço por um povo que em vez de fazer se queixa do que não faz e ainda mais do que ainda vai fazendo, apesar de tudo.

Cada vez tenho menos paciência para este velho choradinho nacional. "

Caro Jorge, não podemos estar mais de acordo no que diz respeito a este assunto. Num encontro em que participei na Arrábida, o ano passado, chegaram os participantes à conclusão que tinha havido uma mudança de atitude geracional. Que, pela primeira vez, as pessoas estavam mais descontraídas a fazer coisas, sem o complexo de que em Portugal "não há meios". Alguns de nós, que discordam da lamúria nacional no campo da cultura, por exemplo, estamos a formar argumentistas, a escrever peças de teatro, a fazer filmes em suportes inovadores (e mais baratos)a desenvolver sites que são vistos (e premiados) internacionalmente. Com poucos meios, sim. Mas com a tranquilidade de quem sabe que é melhor fazer do que lamuriar.
Um abraço.

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